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Estudo de caso 01: Magazine Luiza

Apontada como a marca que mais aparece na mente do consumidor durante a crise, o Magazine Luiza é um sucesso absoluto e cresce cada vez. Vamos tentar entender um pouquinho do porquê? A seguir, ponto a ponto, seis tendências que deram ao posicionamento desta empresa familiar de SP o valor de mercado de 30 bilhões de reais.

1- Personalidade:

Não existe Magazine sem Luiza e não estamos falando só de gestão: Luiza é a essência do posicionamento do Magazine. A empresa, administrativamente falando, não depende só dela, e está bem sólida quanto a isso, mas a história quase mítica de sua dona é um dos fatores principais para o posicionamento da marca ser tão característico, como Steve Jobs na Apple, por exemplo. Luiza nunca teve vergonha de ser a cara de sua empresa, nunca teve vergonha do que faz, nunca teve medo de aparecer.

Humanos são atraídos por autoestima. Costumamos ignorar quem não confia em si mesmo.

2- Humanização:

A humanização da gestão, por exemplo, com os valores de “bem-estar” (ligados ao slogan da empresa) garante que os funcionários se tornem advogados da marca. 

Não são raros os vídeos feitos espontaneamente pelas próprias equipes divulgando a marca gratuita e organicamente. Esperamos que funcionários reclamem ou critiquem suas empresas. 

Quando eles elogiam passamos a confiar ainda mais nelas.

Humanos compram mais quando sentem-se a vontade. humanos sentem-se a vontade em lugares onde outros humanos estão a vontade.

3- Físico-digital:

O fator anterior garante que toda a jornada do consumidor ML seja praticamente uma conversa com a própria Luiza. Esse tipo de posicionamento gera simpatia e apreço. Não dá pra fugir da escalabilidade do digital, mas é preciso aproximar e humanizar. Como resolver esse problema?

Em uma era digital, com um robô humanizado e pontos de venda digitais (sim, não dá pra entender muito bem o que é isso, mas é uma invenção de sucesso), o ML soube muito bem caminhar na fina camada entre estes dois mundo tão opostos quanto complementares.

Humanos se comunicam com humanos. ponto.

Não sabemos nos comunicar com coisas, a não ser que estas coisas sejam o mais próximo possível  de um humano.

4- Imaterialidade:

O ML vende de um tudo. Assim como Ricardo Eletro, Casas Bahia e tantas outras. A diferença é que aqui nunca se falou das vendas materiais, e sim das essenciais: o  ML vende felicidade. Se você vai levar essa felicidade na forma de um celular novo, isso é uma é uma escolha sua. O sucesso nesse sentido, confunde-se com o do próprio capitalismo em si.

Humanos não são seres de ter. são seres de SER. tudo que consumimos, se não for um bem de sobrevivência é para outro fim que não a coisa: consumimos para que as coisas supram personalidade e sentimentos.

5- Propósito:

Mais uma vez, o posicionamento do Magazine e da Luiza se confundem. Otimista , esperançosa e batalhadora, Luiza Helena Trajano desenvolveu um grupo para fomentar, apoiar, instruir e desenvolver mulheres de mesma garra por todo o Brasil. 

Isso não é venda, isso é INSPIRAÇÃO.

Humanos seguem bandeiras. humanos tendem a criar uma conexão emocional maior com quem segue as mesmas bandeiras que ele acredita.  humanos inspirados  são humanos fidelizados.

6- Atitude:

O ML faz publicidade  direta sim, mas esse nem de longe é o maior fator de sucesso da empresa. Essas campanhas caras e vencedoras de prêmios para passar no horário nobre não são a característica da marca, as atitudes sim. O propósito geral do ML (e da Luiza) fala mais por atos do que por voz – campanhas de blablabla?  Só as promocionais mesmo.

humanos estão consumindo menos, consumir menos fez repensar o consumo, repensando decidimos usar como fator de decisão  os valores com que empatizamos, só que estes valores precisam ser concretos e não discursivos. quem é de verdade continuam.

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