Pela primeira vez em cinco anos, a “maçã” ultrapassou a Amazon e se tornou a marca mais valiosa do mundo.
Segundo o ranking Brand Finance Global 500, a Apple vale hoje US$ 263,4 bilhões (R$ 1,41 trilhões), contra US$ 254,2 bilhões (R$ 1,36 trilhões) da Amazon, que está na segunda posição.
A grande questão é: como uma marca que prega o diferente conseguiu se tornar o comum sem parecer forçada?
INOVAÇÃO INESGOTÁVEL
É comum pensarmos que a inovação da Apple está apenas no lançamento de novos produtos, e, francamente, ela vem deixando a desejar. Não há grandes novidades, destas que chocam o mercado, quando se trata de dos lançamentos da Apple. Mas a inovação da empresa não está somente na fase da entrega, do que produz, e sim em toda uma jornada de elementos tanto externos quanto internos.
A inovação não depende de um local ou um discurso. Não é um departamento. Ela consiste na capacidade sistêmica de inovação da empresa. Muito além do desenvolvimento de produtos, marcas devem inovar em seus processos, seus métodos e claro, na seu modelo de gestão. Não esqueçamos também o atendimento a novos mercados.
SÓ A APPLE SUPERA A APPLE
Vejam essa frase:
“Em pouco tempo, todos os produtos da minha companhia estarão obsoletos. A única pergunta é se somos nós mesmos que vão deixá-los obsoletos ou se outra pessoa fará isso primeiro”.
Embora a xiaomi venha cada vez mais se despontando no mercado, ela está longe de conseguir ultrapassar a apple em valor de marca dentro em qualquer futuro próximo. a marca Apple valorizou 87% em 2020.
a cultura do “designed by”, maior equity do mercado de marcas e tão insentivada pela china nos último anos para superar seu famigerado “made by” que a caracterizou, não é um velho conhecido da apple, é a apple em si.
A VERDADEIRA ALMA DO NEGÓCIO
Nem toda propaganda depende de publicitários. As melhores, por exemplo, não. O poder simbólico da Apple, ou seja, seu poder de marca, é mais forte que o discurso publicitário. Mesmo após 14 anos do lançamento do primeiro iPhone, as pessoas ainda fazem fila e acampam nas portas das lojas para esperar o lançamento do novo modelo sem que a Apple seja em si um modelo de marca publicitária.
Quando a proposta de valor ultrapassa a proposta de mercado na percepção do consumidor, a marca tende a conquistar um espaço que dificilmente a publicidade poderia alcançar. Mais uma vez, existem poucas alternativas externas para que uma empresa conquiste isso: proposta de valor não é uma criação de agência, consiste no DNA da marca. Ou está lá, ou não está.
COMUNIDADE SIMBIÓTICA
A Apple é uma empresa de comunidade por excelência. Nada em seu passado, presente ou futuro fala algo diferente disso. A capacidade de aglutinar ao redor de si inúmeros produtos e elementos interconectados criam não só uma modalidade de mercado abrangente e sólida, mas também uma narrativa única de marca.
Além disso, a empresa se constrói a partir não das necessidades diretas de seus clientes, mas sim de seus “porquês”. Não é o que o cliente quer, mas sim o porquê dele querer.
Quando a marca cria um relacionamento de compreensão profunda de seus consumidores, ela cria uma aproximação tão ímpar que gera SIMBIOSE, a interdependência entre ambos. Os consumidores regem a Apple, a Apple rege seus cotidianos.
Você pode até encontrar um monte de maçãs podres na cesta de posicionamento da Apple, e isso pode também significar que você tem pouco ou nenhum significado para ele. A Apple é uma empresa absolutamente voltada para inovar-se constantemente para apenas um grupo de pessoas: os seus clientes. Isso é o suficiente para manter sua solidez e majestade de mercado.
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